quinta-feira, 29 de setembro de 2011

1ER CONGRESO PRESENCIAL EN ARGENTINA: JUSTICIA, SUBJETIVIDADE Y LEY " EL DESAFIO DE LA JUSTICIA EN AMÉRICA LATINA.


1er Congreso Presencial en Argentina: Justicia, Subjetividade y Ley " El desafio de la Justicia en América Latina. 

              10 a 12  de noviembre 2011 em Buenos Aires.


Para maiores informações acesse:


 Psicologia Jurídica do Peru (Campos Virtual): http://www.psicologiajuridicaperu.org/campusvirtual




quarta-feira, 28 de setembro de 2011

É AMANHÃ!!!! SEMINÁRIO EM DEFESA DO SUS E CONTRA A PRIVATIZAÇÃO DA SAÚDE


Faça já a sua inscrição!!!

http://www.frentecontraprivatizacaope.com.br/blog/?cat=3

CFP ESPERA APROVAÇÃO DA COMISSÃO DA VERDADE NO CONGRESSO NACIONAL


O Conselho Federal de Psicologia (CFP) posiciona-se favoravelmente à criação da Comissão da Verdade, recentemente aprovada pela Câmara dos Deputados.

O Conselho acredita ser de grande importância o esclarecimento de crimes contra os direitos humanos cometidos em período fixado no art. 8º do
Ato das Disposições Constitucionais Transitórias(ADCTs).

O objetivo da Comissão é não só desvendar os crimes passados, mas também definir meios que evitem que violações de direitos humanos aconteçam novamente no país, como a discriminação contra a raça, a orientação sexual e o gênero.

Fonte: CFP

CONSELHOS DE PSICOLOGIA REALIZAM INSPEÇÃO NACIONAL EM LOCAIS DE INTERNAÇÃO PARA USUÁRIOS DE DROGAS

 
A Psicologia realiza hoje, dia 28 de setembro de 2011, a 4ª Inspeção Nacional de Direitos Humanos: locais de internação para usuários de drogas. A vistoria está acontecendo simultaneamente em 22 estados e no Distrito Federal, exceto Roraima, Rondônia, Acre e Amapá.
 
O objetivo é levantar a situação do atendimento às pessoas que apresentam problemas decorrentes do uso de álcool e outras drogas, para identificar os abusos, maus tratos e violações de direitos humanos. A preocupação é que não se tornem espaço de segregação, como os manicômios. A inspeção busca também saber se os locais seguem padrões de tratamento de acordo com os princípios éticos e técnicos da Psicologia.
 
A inspeção é uma ação conjunta das Comissões de Direitos Humanos do Sistema Conselhos de Psicologia (CNDH). A Coordenação Geral desta inspeção cabe à Comissão Nacional de Direitos Humanos do CFP.
 
Ao longo do dia, serão divulgadas informações sobre o andamento e resultado das inspeções realizadas.
 
Os resultados analisados serão apresentados com o relatório final da inspeção, com previsão para ser publicado durante o VII Seminário Nacional Psicologia e Direitos Humanos, que acontece nos dias 17 e 18 de novembro de 2011.
 
Essa é a quarta inspeção realizada pelos Conselhos Federal, Regionais e pela CNDH – a primeira, intitulada Inspeção Nacional de Unidades Psiquiátricas em Prol dos Direitos Humanos, foi realizada simultaneamente em 16 estados brasileiros e no Distrito Federal, no dia 22 de julho de 2004; a segunda intitulada, Um retrato das unidades de internação de adolescentes em conflito com a lei, foi realizada em 22 estados brasileiros e no Distrito Federal, no dia 15 de março de 2006, e a terceira, intitulada Inspeção a Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPIs), foi realizada em conjunto com a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), em 11 estados brasileiros e no Distrito Federal, entre setembro e outubro de 2007.  Os Conselhos avaliam que as inspeções são mecanismos importantes para ampliar, na sociedade, a discussão sobre direitos humanos de pacientes de saúde mental e usuários de álcool e outras drogas, trazendo o debate para o campo dos Direitos Humanos.
 
Histórico
O Observatório de Saúde Mental e Direitos Humanos tem recebido denúncias de maus tratos em clínicas e hospitais psiquiátricos e de tratamento de usuários de álcool e outras drogas. Na segunda-feira (26), o presidente do Conselho Federal de Psicologia, Humberto Verona, entregou à representante do Brasil no Subcomitê para Prevenção da Tortura da ONU, Margarida Pressburger, documento que reúne todas as denúncias.
A inspeção é coordenada pela Comissão Nacional de Direitos Humanos do Conselho Federal de Psicologia.
 
Fonte: CFP

QUEM NÃO CONHECE A FRUSTRAÇÃO PODE TER PROBLEMAS NAS RELAÇÕES


Em um artigo muito comentado, publicado em julho na revista Época, Eliane Brum (45) nos fala do engano que é a crença no direito à felicidade irrestrita. Essa crença, capaz de causar dificuldades em vários setores da vida de uma pessoa, incluindo-se aí as relações afetivas, pode nos dias de hoje ter duas origens: a) o modo atual dominante de criação dos filhos; e b) a mentalidade contemporânea.

Para desenvolver o primeiro item, recorro ao psicanalista e pediatra inglês D.W. Winnicott (1896-1971). Segundo ele, ao nascer, o bebê tem suas necessidades logo preenchidas por uma mãe “suficientemente boa”. Uma memória desta fase permanece no inconsciente de todos os adultos. Após alguns meses, a mãe passa a adiar o atendimento — até a não atender — das solicitações de seus rebentos. Essa nova atitude propicia o desenvolvimento do ser humano, que, incorporando ao seu repertório psicológico a frustração, aprende a lidar com um sentimento que terá de encarar ao longo da vida. Teremos então um adulto com maiores probabilidades de ser psiquicamente saudável. A mãe que não consegue dizer “não” impede o crescimento do filho e consequentemente sua boa inserção na sociedade, pois ele se sentirá no direito de ter tudo que quer, sem levar em consideração as necessidades e desejos de seus semelhantes.

Quanto ao segundo item citado no início deste artigo, lembro que do século XIX ao XXI passamos de uma sociedade repressiva para uma permissiva. Com isso, o instinto de proteção das mães tornou-se exagerado. Elas passaram a se exceder nas tentativas de evitar frustrações na vida dos filhos, ansiosas por oferecer-lhes um mundo maravilhoso no qual reinaria a felicidade. Tal desejo inconsciente, no entanto, é impossível de ser realizado. Em vez de felicidade, gera dor, conflito e trauma. Nas relações amorosas, por exemplo, o parceiro espera que, tal como a mãe, o companheiro realize todos os seus desejos, expectativa que, obviamente, inviabiliza a relação. Diante das primeiras frustrações os amantes se separam e procuram novo parceiro na esperança de que este lhes proporcione a felicidade absoluta. O fracasso das sucessivas tentativas pode levar a pessoa a uma vida sem parceria, a uma falsa parceria superficial ou à bem-vinda aceitação das frustrações — o que, no entanto, exigirá uma reestruturação psíquica.

Pessoas que não foram frustradas no início da vida desenvolvem a convicção de que o mundo funciona tendo-as como centro privilegiado a ser atendido a qualquer custo. Estamos diante de um estado narcísico exacerbado. Três fatores, agindo conjuntamente, podem ajudá-las a modificar esse funcionamento psíquico: a ação do mundo, que as trata como a qualquer outro ser humano; a percepção de que o vivido na infância manteve-se espuriamente como ilusão da qual terão de se livrar; e um trabalho psíquico doloroso de aceitação da realidade, de modo que percebam que não são o centro do mundo e não têm direitos especiais em detrimento do direito de outras pessoas. Esse processo de transformação do psiquismo, que muitas vezes requer a ajuda de um psicoterapeuta, poderá lhes permitir conviver cordialmente com o outro e estabelecer relações de afeto amoroso/sexual. Trata-se de um processo difícil e sofrido, mas vale a pena tentar.

ATÉ ONDE A GRATIDÃO PODE NOS LEVAR



Quase nunca é fácil. Quem já teve na família um idoso acamado sabe disso. Cuidar exige uma paciência sem limites. Ser cuidado também. Quando a vida se aproxima do fim, caem todas as máscaras. A convivência íntima revela que somos fragilidade, dependência e, ao mesmo tempo, nobreza. Algumas pessoas, é verdade, são mais nobres que outras.

Até a semana passada tudo o que eu sabia sobre a professora de Serviço Social Nadir Kfouri é que ela havia sido reitora da PUC de São Paulo num dos períodos mais sombrios da história brasileira.

Na noite de 22 de setembro de 1977, a universidade foi invadida por policiais comandados pelo coronel do Exército e então secretário de Segurança Pública de São Paulo, Erasmo Dias.
O objetivo era reprimir a reunião de alunos que os militares consideraram ser um congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE), à época ainda na clandestinidade.

Centenas de alunos foram detidos. Vários ficaram feridos. Outros sofreram queimaduras provocadas por bombas. No episódio, Nadir deu uma prova da coragem que a caracterizaria até o final da vida.

É famosa a foto que revela o momento em que ela procura o coronel Erasmo Dias para expressar sua indignação. Logo depois, o coronel estenderia a mão para cumprimentá-la.
A reitora deixou o coronel com a māo suspensa no ar. Virou-lhe as costas ao mesmo tempo em que disse :“Nāo dou a māo a assassinos”.  

Essa mulher de fibra - descrita pelas pessoas próximas como turrona, brava e, ao mesmo tempo, amorosa - foi a primeira mulher no mundo a dirigir uma universidade católica depois de ser eleita por alunos, funcionários e professores. Para que assumisse o posto, foi preciso que Dom Paulo Evaristo Arns intercedesse em seu favor junto ao Papa Paulo VI.

Nadir morreu no dia 13, de pneumonia, aos 97 anos. Era tia do jornalista Juca Kfouri. A reputação da corajosa Nadir de 1977 eu conhecia. O que eu não conhecia era a Nadir que viria depois. 

No apartamento do Itaim Bibi, em São Paulo, onde a professora viveu seus últimos dias, tive o prazer de conversar com a empregada doméstica Cleusa das Graças Ribeiro Gomes, de 55 anos. Mineira de Três Corações, Cleusa cuidou de Nadir nos últimos 22 anos. 

A convivência entre essas duas mulheres nobres é uma inspiradora história de vida. Merece ser conhecida.

Cleusa chegou a São Paulo em 1989. Veio para cuidar da mãe de Nadir, uma senhora de 95 anos que já não saía da cama. As três passaram a morar juntas no apartamento do Itaim. Quando Dona Noemi morreu, Nadir propôs que Cleusa continuasse trabalhando para ela.

“Fique aqui para cuidar de mim como cuidou da minha mãe”, disse. Aos 75 anos, safenada, solteira e sem filhos, Nadir tinha consciência de que, em breve, precisaria de uma cuidadora.
Não poderia calcular, no entanto, as boas surpresas que estavam por vir. Alguns anos depois, Cleusa engravidou. Com medo da reação da patroa geniosa, pediu demissão.

Nadir não aceitou que ela fosse embora. Insistiu, insistiu até que Cleusa contou a verdade. Como de costume, a patroa a surpreendeu. “Ela disse que a criança era bem-vinda e me ajudaria a criá-la”.
E, então, nasceu Tutu. Hoje um garotão de 15 anos, educado e bom aluno, que foi registrado com o nome de Willian Ribeiro. Aos 82 anos, Nadir virou Tata.

Trocava fraldas, dava mamadeira, colocava o bebê para dormir. Ele passou a ser, ao mesmo tempo, filho e neto. Quando ele cresceu um pouco, Nadir comprou-lhe uma motoquinha de brinquedo e o levava para passear quase todos os dias. Quando perguntavam, respondia, orgulhosa:

– É meu neto.

Neto, filho, o grau de parentesco era indiferente. Tutu assumiu vários papéis naquela microfamília. O amor de Nadir era suficiente para todos eles.

A cada novo presente, fazia questão de escrever: “De Tata para Tutuzinho”.

Para o adolescente de hoje, os aniversários da infância foram especialmente marcantes. “Ela enfeitava a casa e fazia questão que eu convidasse todos os meus amigos”, diz. O apartamento ficava cheio de garotos da escola estadual e da criançada do prédio. A bagunça era liberada.

“Para mim, ela foi vó, foi mãe, foi tudo”, diz Tutu. Enquanto assistia a filmes de faroeste, Nadir perguntava pelo desempenho do menino na escola. “Queria que eu fosse o primeiro da classe. Tirava 8 ou 9 nas provas e ela ficava contente. Mas quando tirei um 5 em Ciências ela ficou furiosa”, diz.

Nadir nunca se esqueceu da PUC. Era um assunto recorrente sempre que tinha um interlocutor. Há dois anos, a saúde da professora começou a fraquejar. Primeiro foi uma pneumonia. Depois o pior dos golpes: a perda quase completa da visão. A família comprou uma lupa, mas não adiantou. Sem poder ler, o que fazia diariamente, Nadir foi ficando triste, cada vez mais reclusa.

As pernas foram enfraquecendo até que Nadir parou de andar. Ia da cadeirinha de banho para a poltrona do quarto. Cleusa cuidava dela o dia inteiro. Trocava fraldas, dava banho e comida na boca. Quando estava em casa, Tutu ajudava.

Acomodada na poltrona do quarto, Nadir pedia aos dois: “Não me deixem sozinha.”Algum tempo depois, recobrava um lampejo da autoridade dos velhos tempos e disparava: “Ei, vocês não têm mais o que fazer?”

Cleusa e Tutu sentem saudade. Quando chora, cheia de sinceridade, Cleusa demonstra que perdeu mais que a patroa. “Parecia que não éramos patroa e empregada. Éramos amigas. Mãe e filha. Às vezes, duas crianças”, diz. “Brigávamos, pedíamos desculpas, ríamos”.

Nadir era uma dentre os 14 milhões de brasileiros acima de 65 anos. O país está envelhecendo. Em pouco tempo, a população acima de 60 anos deverá ultrapassar a dos menores de 15 anos. Isso trará enormes desafios ao Brasil. No interior de cada família, o desafio está colocado desde já. Cuidar dos idosos será uma tarefa dos próprios parentes ou de profissionais especializados. Mas o fato é inegável: vários membros da família precisarão de cuidados.

Quem dera cada um de nós possa construir, no final da vida, a relação que Nadir, Cleusa e Tutu construíram. A gratidão pode revelar toda a nobreza do ser humano.
No testamento, Nadir deixou o apartamento de três dormitórios para Cleusa e Tutu. “Não tinha intenção de receber herança”, diz Cleusa. “Fiz tudo de coração. O que interessa é o amor que ela tinha por mim e eu por ela.”

Nadir queria garantir o futuro dos dois e os estudos do garoto. Tutu quer ser engenheiro civil.

Por Cristiane Segatto

CONSELHO DE PSICOLOGIA DENUNCIA MAUS TRATOS EM TRATAMENTOS PSIQUIÁTRICOS


Passados dez anos da reforma psiquiátrica no Brasil, as unidades de internação de pessoas com transtornos mentais continuam registrando mortes e casos de maus-tratos. A denúncia é do Conselho Federal de Psicologia (CFP), que produziu um documento com os relatos. Nesta segunda-feira (26), ele foi entregue ao Subcomitê de Prevenção da Tortura e outros Tratamentos ou Penas Cruéis, Desumanos ou Degradantes das Nações Unidas (ONU), no Rio de Janeiro.

O relatório contém 76 casos de mortes, maus tratos ou torturas ocorridos em hospitais públicos e privados e comunidades terapêuticas, entre 2002 e 2010, em todas as regiões do país. Segundo o presidente do CFP, Humberto Verona, as denúncias foram enviadas ao órgão e a instituições parceiras de defesa dos direitos humanos por parentes de usuários desses serviços. Os próprios pacientes, assinalou, também encaminharam reclamações ao conselho. Entre os casos, há medicação forçada, negligência, privação de liberdade e abandono.

De acordo com Verona, o documento foi protocolado na Secretaria-Geral da Presidência da República, na Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República e no Ministério da Saúde. No entanto, as medidas de proteção aos pacientes ainda não foram tomadas.

"Pela gravidade das denúncias, esperávamos uma repostas mais rápida por parte das autoridades. Como estamos tendo dificuldade nisso, e o governo federal está sinalizando investir nas comunidades terapêuticas, viemos buscar ajuda urgente", disse. As comunidades terapêuticas são instituições privadas normalmente vinculadas a igrejas. Eles classificou esses estabelecimento como "verdadeiros manicômios contemporâneos". 

domingo, 25 de setembro de 2011

A CRISE ÉTICO-RELIGIOSA CONTEMPORÂNEA E A CONSTITUIÇÃO DO SUJEITO – ÉTICO-RELIGIOSO – NO PENSAMENTO DE FREUD


A sociedade contemporânea experiência um certo amortecimento ético em todos os seus setores. A religião, objeto de nosso estudo, já não consegue dar um respaldo positivo às questões postas. A crise ética à qual estamos imersos tem seu agravante desde Auschwitz.

Após esse desastroso evento ficou-se ainda mais difícil falar sobre a formação do sujeito, o que acarretou uma série de crises - que tem suas raízes no campo ético - na sociedade [1]. Propor uma formação do sujeito ético é a tarefa mais difícil na contemporaneidade, haja vista que todas as instituições, com as quais poderíamos contar para essa árdua tarefa, encontram-se em crises, como já foi dito anteriormente; e o pior é quando uma para se eximir joga para a outra a responsabilidade pela formação do sujeito.

O certo é que nem a família, nem a escola, nem mesmo a religião conseguem dar respostas plausíveis à problemática existente e que se agrava a cada dia.  E o resultado dessa crise é observável em toda a aldeia global. Ora, estamos experienciando um certo retorno à animalidade, e isso se explica pelos altos índices dos mais variados tipos de violência, física, moral, sexual, como também por um consumismo exacerbado, pelo comércio do corpo, tudo isso pela busca de uma satisfação imediata do prazer.

No campo do sujeito individual estamos vivenciando a “Era de Narciso” em seu agravante, onde tendemos a nos esconder em um mundo irreal. E falar em ética para uma sociedade extremamente egocêntrica, voltada à vivência de um amor-próprio, é algo minuciosamente difícil. Para não incorrermos em um erro ainda mais agravante faz-se necessário ir a fundo na problemática, sem superficialidade nos discursos, buscar no íntimo da subjetividade humana razões para se vivenciar uma ética, pautadas no desejo, que é inerente a sua existência.

No que concerne ao discurso ético-religioso, evidenciar a crise existente e apontar caminhos para a constituição do sujeito ético na atualidade talvez seja a maior contribuição que se possa oferecer a este sujeito que aparentemente parece não ter perspectivas de futuro. Para tanto, é preciso compreender como se deu o processo constitutivo da religião e quais as inferências desta para a vida do homem. Para esse itinerário, Freud pode nos ajudar no sentido de compreender a religião e a ética como algo inerente à civilização, evento que tira o homem da animalidade e o torna um ser sociável.  

Aqui, pretendemos restringir o nosso discurso e discorrer, num primeiro momento, acerca da crise ética na religião, evidenciado por Silveira, quando diz que “ao entrar na modernidade a ética e a religião entraram em crise, uma vez que na sociedade da técnica não há mais lugar para a tradição” [2] e, depois oferecer um cabedal de reflexões concernente à constituição do sujeito ético.

O problema da cultura, portanto dessa religião e dessa ética, provindos de uma tradição, já foi evidenciado por Freud, em “O Mal estar na Civilização”, onde nosso autor contesta esse nosso processo civilizatório, embora der nuances duvidosos acerca da possibilidade de que seríamos mais felizes se abandonássemos tudo e retornássemos ao estado primevo [3]. O preço que o homem paga em nome de um projeto civilizatório é muito alto. Sérgio Paulo Rouanet nos explica melhor:
Para Freud, esse mal-estar, Unbehagen, é o desconforto sentido pelo individuo em conseqüência dos sacrifícios pulsionais exigidos pela vida social. No plano erótico, ele abre mão do incesto em benefício da sexualidade exogâmica, da “perversidade polimorfa” em benefício da genitalidade, e da promiscuidade em benefício da monogamia. E abdica da gratificação dos seus impulsos agressivos [4].
Freud não somente evidenciou, como também constatou que a promessa civilizatória fracassou por não corresponder mesmo com os anseios do homem, ou aquilo a que se propunha. Herrero aponta para quatro vergonhas político-morais que afetam gravemente a nossa existência, como conseqüência da falsa promessa do pensamento iluminista, quais sejam:
a fome e a miséria que conduz à inanição e a morte de um número cada vez maior de seres humanos e de nações; a tortura e a contínua violação da dignidade humana; o crescente desemprego e disparidade na distribuição de renda e riqueza; a ameaça de destruição da humanidade pelo perigo, de uma guerra nuclear e pelo desequilíbrio ecológico [5].
Para ler o artigo completo, clique aqui.

PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL COM ÊNFASE EM RECURSOS HUMANOS

História da Psicologia Organizacional

Antes de fazerem parte de temas de estudo na Psicologia, questões como mente, alma, espírito, eram privilegio dos Filósofos e dos Religiosos. Somente em finais do século XIX é que a Psicologia começa a disputar um espaço na Ciência.

No que se refere à relação de trabalho, a Revolução Industrial e a Revolução Francesa, foram determinantes para entendermos a Psicologia Organizacional que conhecemos hoje. É neste período turbulento que começa a desestruturação do sistema feudal e surgem trabalhadores independentes que criavam seus trabalhos com suas ferramentas.

Sena e Silva (2004) mostra que assim como muitos saberes psicológicos, a psicologia industrial se forma no período das duas grandes guerras mundiais. Ela começa a obter seu reconhecimento no ano de 1924. Neste mesmo período foram feitas pesquisas para saber as condições de trabalho e foi nesse ínterim que começou a se pensar em novas formas de se trabalhar.

Com o surgimento da industrialização, o trabalhador começa a tornar-se empregado, ele ainda “tinha” certo controle sobre o produto, que só surgiria dependendo do ritmo de trabalho desse trabalhador.

Contudo, com o surgimento das máquinas, essas interferências foram diminuindo. O homem tinha agora que obedecer ao ritmo da produção maquinal.

Antes do surgimento da Psicologia Industrial, os trabalhadores também estavam se tornando mecânicos, uma vez que as empresas detinham o conhecimento cientifico e o utilizava uma forma que controlasse os trabalhadores.  Segundo Brown, 1976. pg 23) “ ... a estrutura toda da industria, suas tradições e superstições, têm sido aceitas quase sem perguntas e tem-se a impressão de que os seres humanos, foram feitos para adaptar-se à industria, em vez de suceder o contrário”.

A partir dos anos 50, a denominação de Psicologia Organizacional, começa a tomar corpo, a junção dos saberes da sociologia e a antropologia com o da psicologia, influenciaram para o crescimento da psicologia social.

Hoje, a Psicologia Organizacional existe como área de atuação, de várias formas dentro das grandes empresas. Segundo Toledo (1986, pg 64) “..  a  Psicologia Organizacional é o estudo do fator humano na organização, este estudo abrange a atração, retenção, treinamento e motivação dos recursos humanos da empresa”

A Psicologia Organizacional em seu contexto mais amplo, coloca ênfase nas características individuais, aspectos comportamentais e organizacionais do trabalho, devendo propiciar condições adequadas para que os funcionários executem suas atividades, atinjam suas metas e se desenvolvam junto à organização.

Segundo Chiavenato, (2007, p.211), “A Psicologia Organizacional, consiste no planejamento, organização, desenvolvimento, coordenação e controle de técnicas capazes de promover o desempenho eficiente do pessoal”.

As características individuais focalizadas nos estudos comportamentais aplicados à Psicologia Organizacional são principalmente as seguintes:
  1. Traços de comportamento ou traços de personalidade definidores de preferências ou temperamentos, que influenciam desempenho no trabalho, estilo de trabalhar em grupo, percepção da realidade e estilo de resolver problemas e tomar decisões.
  2. Atitudes que determinam reações favoráveis ou desfavoráveis em relação ao próprio individuo e à realidade e que influenciam os interesses e as motivações, contribuindo para definir o nível de esforço e desempenho dos indivíduos e dos grupos.
  3. Competências, ou aptidões e habilidades, que compõem o sistema de forças que definem as escolhas profissionais e o nível de desempenho dos indivíduos e dos grupos. Liderança, inteligência, mecanismos de aprendizagem e resolução de problemas são exemplos de aptidões que interessam aos estudos comportamentais.
  4. Sentimentos e emoções. Essa área do comportamento organizacional ganhou grande impulso no final do século XX, quando se popularizou a idéia de inteligência emocional.
Para ler o artigo completo, clique aqui.

sábado, 24 de setembro de 2011

CÉREBRO USA ÁREAS DIFERENTES PARA JULGAR E PUNIR


Para a maioria das pessoas, o senso de justiça determina que os responsáveis por crimes ou injustiças sejam castigados. Julgamento e punição, porém, não estão intimamente relacionados – pelo menos não no sistema cerebral. Segundo pesquisa recente publicada pela Neuron, a elaboração de cada um desses processos ocorre em duas áreas neurológicas distintas: uma ligada a análises lógicas e racionais e outra vinculada às emoções.

O grupo de pesquisa, composto por juristas e neurocientistas da Universidade Vanderbilt, no Tennessee, mostrou diversas reconstituições de crimes e explicou para os voluntários o delito cometido, as condições socioambientais e as relações entre as pessoas envolvidas. Com base nessas informações, os participantes deveriam dar seu veredicto e indicar uma punição que variava de zero (nenhuma) a nove (máxima). Enquanto isso, tinham o cérebro monitorado por meio de ressonância magnética funcional (fMRI). Após avaliar os resultados, os pesquisadores observaram que o córtex pré-frontal dorsolateral direito, ligado ao pensamento analítico, fora ativado quando as pessoas estavam pensando sobre a culpa do acusado – e quanto mais os voluntários acreditavam que o réu realmente havia cometido o crime, mais intensa era a ativação. Na hora de determinar a punição, porém, foram acionados a amígdala e o córtex cingulado, regiões normalmente acessadas quando as pessoas se sentem injustiçadas – o que mostra uma tendência a se identificar com a situação.

A conclusão indica que os julgamentos não são feitos de forma completamente racional, o que pode alterar o desfecho de uma situação, dependendo do grau de empatia que o juiz sente pelo réu.

AULAS DE TEATRO E CIRCO EVITAM RECAÍDAS DE DEPENDENTES QUÍMICOS


Montar espetáculos teatrais e fazer visitas lúdicas a outros dependentes em recuperação pode evitar que usuários de drogas abandonem o tratamento convencional, com base na combinação entre psicoterapia e medicamentos. Essa é a proposta da companhia AmarGen, formada por profissionais da área de saúde mental, palhaços, dançarinos e atores. “Não há levantamento oficial, mas, pelas nossas estimativas, adesão ao processo de reabilitação de 'pacientes artistas' é aproximadamente 40% maior em comparação com tratamento sem intervenções circenses e cênicas”, diz o psiquiatra, bailarino e palhaço Flávio Falcone, criador do projeto, desenvolvido na organização não-governamental (ONG) Núcleo de Arte e Saúde Corpo Consciente, em São Paulo.

As peças teatrais são inspiradas em depoimentos dos próprios pacientes, “para que o dependente se identifique com a situação e seus parentes ou acompanhantes adquiram consciência das reais dificuldades de enfrentar um processo de reabilitação”, explica Falcone, que trabalha no Centro de Atendimento Psicossocial (Caps) de São Bernardo do Campo. A companhia aposta também em palestras inusitadas: interlocutores vestidos de palhaço esclarecem as dúvidas dos pacientes e informam, de maneira descontraída, sobre os desafios do tratamento e a necessidade sobre manter a abstinência. Para ser voluntário não é necessário ter formação específica. “É possível ajudar costurando roupas para as apresentações ou colaborando na montagem de cenários, por exemplo. Não exigimos especializações, apenas boa vontade”, diz o criador do projeto. Saiba mais no site da companhia AmarGen:
http://www.amargen.org.br.

CFP ENTREGA À ONU DOCUMENTO COM DENÚNCIAS DE VIOLAÇÃO AOS DIREITOS HUMANOS EM LOCAIS DE INTERNAÇÃO

 
O  Conselho Federal de Psicologia (CFP) entrega nesta segunda-feira, 26 de setembro de 2011, à representante do Brasil no Subcomitê para Prevenção da Tortura da ONU, Margarida Pressburger, documento contendo denúncias de maus tratos à pacientes internados em clínicas e hospitais psiquiátricos.
A entrega acontece durante o Seminário Panorama Internacional de Prevenção e Combate à Tortura, que ocorre às 15h30 no auditório Nelson Carneiro, 6º andar, anexo-ALERJ, Rio de Janeiro, RJ.
As denúncias relatam maus tratos e morte de pacientes psiquiátricos e de usuários de drogas atendidos em comunidades terapêuticas e outros espaços de internação. O documento revela a gravidade das circunstâncias asilares encontradas, que revelam abuso medicamentoso, negligência, abandono e negação dos direitos civis, maus tratos, e diversas outras violações de Direitos Humanos.
As denúncias foram recebidas via Observatório de Saúde Mental e Direitos Humanos da Rede Internúcleos de Luta Antimanicomial, com apoio do CFP, e pelos movimentos de usuários e familiares de serviços de saúde mental.
Primavera da Saúde
O Conselho Federal de Psicologia participa na terça-feira, 27 de setembro de 2011, das manifestações da Primavera da Saúde, que pede mais recursos para a saúde pública no Brasil e a regulamentação da Emenda Constitucional 29. A mobilização tem unido esforços de gestores, trabalhadores da saúde e parlamentares em torno da causa da melhoria dos direitos à saúde, buscando colocar o debate no centro da agenda política do Brasil.
O Conselho Federal de Psicologia participa da manifestação reivindicandoo tratamento dos usuários de drogas com cidadania, em meio aberto, sem internação e sem segregação. Ou seja, pede a continuidade do processo da reforma psiquiátrica antimanicomial em curso no Brasil, regulamentada pela Lei nº 10.216/2001, que criou os serviços de atenção psicossocial de caráter substitutivo ao modelo asilar, para o cuidado de pessoas com sofrimento mental e problemas no uso de álcool e outras drogas.
Assim, reitera seu posicionamento contrário ao financiamento das chamadas comunidades terapêuticas com verba do SUS. O CFP entende que o isolamento em instituições tais como manicômios ou comunidades terapêuticas gera mais dor, sofrimento, violação dos direitos humanos e propõe que o atendimento seja feito por uma rede de serviços substitutivos do tipo: Centros de Atenção Psicossocial III (CAPS III), leitos em hospitais gerais, Casas de Acolhimento Transitório, Consultórios de Rua e outras invenções que se fizerem necessárias para garantir o cuidado em liberdade.
Por fim, atentar para o fato de que as cenas públicas de uso de drogas, que tanto incomodam, são também consequência da má distribuição de renda no país, que retira dos jovens a perspectiva de vida futura. Para minimizar tal cenário são necessários recursos das diversas políticas públicas para a inclusão social, tais como: moradia social, geração de renda, esporte, lazer, transporte, cultura e educação de qualidade.
Fonte: CFP

CONFIRA NOVO SITE DO CFP SOBRE ÁLCOOL E OUTRAS DROGAS


Está no ar o site que faz parte da nova campanha do CFP pela defesa dos direitos dos usuários de álcool e outras drogas.

Seu objetivo é reunir informações sobre o tema e contribuir para a redução do estigma em relação aos usuários e dependentes.

O site será constantemente atualizado e possibilitará a interação com os internautas por meio do envio de dúvidas, críticas e sugestões, além de comentários das matérias e possibilidade de divulgação nas redes sociais.

fonte: CFP

terça-feira, 20 de setembro de 2011

SEXO E PRAZER NA GESTAÇÃO. POR QUE NÃO?


Uma enxurrada  de hormônios percorre todo seu corpo. Os  seios tornam-se mais inchados, mais doloridos, ao mesmo tempo em que surge uma vontade de chorar por qualquer motivo. Parabéns , você está grávida! É... com a gravidez muita coisa se faz nova e a vida sexual faz parte dessa novidade. Tal momento poderá originar um aprofundamento da experiência sexual do casal, aumentando a cumplicidade ou gerar dificuldades.

É lógico que o excesso de sono, os enjoos, o cansaço, as alterações de humor, além dos mitos e tabus podem influenciar na frequência sexual do casal grávido. No entanto não devem impedir tal prática nem tampouco, o prazer. Estudos constatam que, quanto maior for a frequência sexual prazerosa durante a gestação, maiores serão as chances de nascer um bebê saudável.  No ato sexual, há um aumento do fluxo sanguíneo na região pélvica feminina e isso promove o aumento de oxigênio para o feto. Além do mais, no momento do orgasmo, ocorre a liberação de endorfina, que promove uma sensação de bem estar tanto para o bebê  quanto para a mãe. Mesmo com esses benefícios, o fato é que, na prática, é extremamente comum se verificar graus variados  de diminuição do desejo, podendo chegar ao desinteresse total, tanto por parte da mulher quanto do homem.

Mas por que será que algumas mulheres quando estão grávidas se acham lindas, maravilhosas e até sentem mais desejo sexual, enquanto outras percebem seu corpo deformado, se enxergam feias e têm o desejo diminuído? Nesse caso, é importante considerar a visão que cada mulher tem de si mesma, da sexualidade feminina e da fertilidade. Infelizmente, a ideia de que a mulher  grávida é pura e assexuada povoa  o inconsciente de muitos. A imagem da “mulher ideal”, aquela “feita para casar e ser mãe” assumiu os atributos da “Mãe Divina”: beleza, bondade e... castidade.  Mas será que sempre foi assim? Não!!!

Convido você agora, a fazer uma grande viagem no tempo. Nos primórdios da humanidade, vivíamos num sistema matriarcal onde o sexo era sagrado e toda mulher era considerada uma “deusa” . Naquela época, o símbolo do poder feminino era o ventre fértil e enorme! Assim, a autoestima feminina era elevada e a mulher tinha plena consciência de sua beleza. No entanto chegou um tempo em que o homem descobriu sua participação na concepção e interpretou ser dele todo o poder da criação. A partir daí, se instalou o patriarcado. O símbolo do poder passou a ser o pênis e não mais o ventre. O sexo passou a ser pecado e a imagem feminina, associada ao mal.  Mas como cumprir o  “Crescei e multiplicai-vos”  sem o sexo? Assim, ao longo da história,  a relação sexual passou a ser permitida apenas dentro  do casamento e exclusivamente para a reprodução.  Lembro  de minha avó contando a vergonha  que uma mulher mais velha vivenciava quando engravidava e seu ventre crescia.  Ali estava a “prova viva”  do grande pecado: o sexo continuava sendo praticado e isso era um horror!!! Afinal, já tinha quase idade de ter netos! E quando uma moça engravidava fora do casamento???!!! Cruzes!!! Lançavam mão de cintas apertadas para esconder a barriguinha que insistia em se tornar um barrigão!
                                                                                                             
O fato é que, à medida em que o princípio masculino se  tornou mais dominante, a apreciação da natureza sagrada feminina se instalou nos recônditos do inconsciente e está até hoje  guardada a sete chaves na mente de muitas mulheres. E é exatamente essa natureza que precisa ser recuperada, pois ela é vital para o resgate da autoestima e da sexualidade feminina; que é sinônimo de vida, amor, paixão, fertilidade, alegria, beleza e de energia criativa.

Durante o período da gravidez, o sexo favorece o desenvolvimento do erotismo na mulher. Por isso, é importante o casal reservar um tempo para namorar e fazer programas a sós. Podem abusar da criatividade. Sexo não se restringe à penetração. Inclui toque, beijo, masturbação, um  banho relaxante e muito mais... Jogos eróticos, novas posições e novas fontes de prazer! Essas experiências amorosas e sensuais marcarão o início de uma vida sexual mais prazerosa para o casal. 

E agora, diante de todo esse conhecimento, você, gestante, pode ir sentindo que está vivendo um momento mágico: a gestação – símbolo da fertilidade e do poder feminino.  Ao valorizar a natureza prazerosa, autoconfiante e sensual da mulher, você pode ir entrando em contato mais facilmente com esse poder valioso dentro de si. Restaurando e trazendo para sua consciência a força criativa e amorosa da natureza feminina. Assim, você vai resgatando ou estabelecendo sua autoestima: se sentindo linda, maravilhosa, poderosa e merecedora de prazer em todas as esferas de sua vida, inclusive na sexual (mesmo estando grávida!).  

Pensem  nisto!  E... Muito prazer pra vocês!!!

Fonte: NE 10

IÇAMI TIBA VEM PARA A BIENAL DO LIVRO


O psiquiatra e educador Içami Tiba é presença confirmada na 8ª Bienal Internacional do Livro de Pernambuco. O convite partiu da Associação do Nordeste das Distribuidoras e Editoras de Livros. Autor de 28 obras, entre elas Pais e Educadores de Alta Performance e Quem Ama, Educa!, Içami irpa falar na próxima sexta-feira, dia 30. A Bienal acontece de 23 de setembro a 02 de outubro, no Centro de Convenções, em Olinda.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

SATISFAÇÃO NO TRABALHO: REALIDADE OU ILUSÃO?



Há um provérbio italiano que diz: “Quem faz o que gosta, nunca vai trabalhar na vida!”... Até que ponto esse pensamento é verdadeiro?

De acordo com alguns conceitos podemos chegar a conclusão que o trabalho requer convivência com colegas e superiores, a obediência a regras e políticas organizacionais, o alcance de padrões de desempenho e a aceitação de condições de trabalho geralmente abaixo do ideal. (ROBBINS, 2002).

E a esse idealismo se deve aos obstáculos encontrados no mercado de trabalho quando diz respeito ao ambiente organizacional, incluindo salários, benefícios, treinamentos e o fator mais importante: trabalhar naquilo que o agrada.

Vivemos numa sociedade capitalista, onde o dinheiro é a fonte de sobrevivência e para boa parte das pessoas a causa de sua frustração ocasionando infelicidade. Pois ao longo da vida, “colecionamos” sonhos e metas que exigem sacrifícios e muita paciência na maioria das vezes. Normalmente logo na adolescência queremos obter o sucesso profissional e como conseqüência uma vida confortável, mais especificamente atingir a riqueza. Acredita-se nessa fase que trinta anos já é ser “velho” e até essa idade já é possível atingir esses objetivos.

Com o passar do tempo é percebido que aos trinta anos é que podemos já iniciar ou mesmo desfrutar da colheita que plantamos muitos anos antes ou mesmo muitos sonhos que nunca foram possíveis alcançar. Mas por motivos maiores como casa, família e a própria sobrevivência é necessário continuar trabalhando, mesmo sem motivação. Nos deparamos com a simplicidade de muitos indivíduos que na infância sonharam em serem médicos, mesmo com a realidade escassa que atinge boa parte da população brasileira, na idade adulta ficam felizes em comprar uma caixa de lápis de cor que tanto desejaram nos anos escolares como prova de orgulho e satisfação de um desejo realizado.

É a realidade de uma população que muitas vezes só divulgam o lado de grandes empreendedores como fonte de motivação, mas não se atenta a simplicidade daqueles que também lutam, mas não atingiram as mesmas proporções, como o exemplo citado acima.

Dejours (1987) considera a insatisfação no trabalho como uma das formas fundamentais de sofrimento do trabalhador e relacionada ao conteúdo da tarefa. Tal insatisfação pode ser decorrente de sentimentos de indignidade pela obrigação de realizar uma tarefa desinteressante, de inutilidade de desqualificação, tanto em função de questões salariais como ligadas à valorização do trabalho, em aspectos como responsabilidade, risco ou conhecimentos necessários.

Por essa razão é que as organizações necessitam melhorias significativas no ambiente organizacional. Percebemos que a ARH já é uma progressão de valores, mas na prática nem sempre ela possui a mesma intensidade. É preciso que a população mesmo não desempenhando funções que sonharam, possam ter motivação igualmente, de acordo com a qualidade no trabalho. Isso para o benefício de ambas as partes, pois funcionários motivados é lucratividade para a empresa.

Estudos apontaram que funcionários insatisfeitos relatam mais sintomas físicos, como problemas para dormir e dores estomacais, do que seus companheiros satisfeitos. (SPECTOR, 2005). E assim, verificamos também a correlação entre insatisfação e emoções negativas no trabalho, como os transtornos mais repercutidos na atualidade: depressão, síndrome do pânico, ansiedade, entre outros.

E assim, partindo do pressuposto que passamos a maior parte de nossas vidas trabalhando (No ambiente organizacional), mais do que com a própria família, amigos ou mesmo se divertindo. Chegamos a conclusão que parte dos transtornos atuais podem ser justificados pela satisfação no trabalho, que acarreta a auto-estima.

LIMITES: PRAZER E REALIDADE


Como lidar com o "ter para ser" e não mais "ser para ter"? Quais os limites e as possibilidades desta transformação? Como nos conduzir? O que falar para nossos filhos?

Em 1911, Freud publica o seu trabalho sobre “Os dois princípios do funcionamento mental”. De 7 a 10 de setembro de 2011, psicanalistas do Brasil se reunirão para debater o tema no XXIII Congresso da Federação Brasileira de Psicanálise (Febrapsi).

Freud utilizou o seu modelo de aparelho psíquico da primeira tópica para, baseado na topografia, dividir o funcionamento mental em dois sistemas: inconsciente e consciente – este último englobando tanto o pré-consciente como o consciente. Na ocasião, o psicanalista atribuiu características funcionais diferentes a cada sistema.

O primeiro, ou primário, tendo suas cargas móveis, catexias (energias) livres, visaria unicamente à descarga da pulsão, prazer, ou à busca da satisfação direta da realização do desejo. O segundo, ou secundário, já com suas catexias ligadas a representações, apesar de também buscar a descarga pulsional e o prazer, o faz de forma indireta, a fim de atender às necessidades de sobrevivência, subordinando o indivíduo à realidade externa ao inseri-lo no social e na cultura.

Freud utilizou o seu modelo de aparelho psíquico da primeira tópica para dividir o funcionamento mental em dois sistemas

Cabe destacar, como à época o fez O o Rank, a proximidade destes princípios com a visão de Schopenhauer, apontando para as influências deste pensador em Freud. E, tomando a afirmação freudiana de que “o Ego é antes de tudo um Ego corporal”, por que não caminhar um pouco mais e encontrar, também, algo de Nietzsche, que com seu registro fisiológico da concepção de “corpo”, na qual este, corpo, subsume as atividades mentais em todo o organismo, marca a ruptura com a psicologia racional?

Tendo o corpo como “verdade”, fio condutor do conhecimento, é, em Nietzsche, a “vontade de potência” e, em Freud, “a pulsão” o que empurra, sob pena de morte, o indivíduo a tornar-se sujeito. Sujeito de um constructo, um mundo construído para atender ao seu “corpo”, pois viver é a incansável tentativa de adequar o mundo a si, ainda que por meio de “verdades falsificadoras”, sem as quais o homem não conseguiria viver. Se sublimar é preciso, sublimemos para viver. Construamos: conceitos, normas, ideais, etc.; imprescindíveis, posto que abandonar tais ficções seria o mesmo que decretar a morte do sujeito.

Porém, do nascimento do indivíduo ao surgimento do sujeito, há um longo caminho que deverá ser trilhado. Da satisfação imediata – realização alucinatória do desejo – ao processo de pensar, à capacidade de representação simbólica, passando pela fantasia inconsciente e pela fantasia consciente, é na linguagem que encontramos o guia deste percurso. Linguagem na qual se insere não apenas a língua, mas também o gestual, sons, odores, crendices, entre outros, que caracterizam cada comunidade, fornecendo-lhe uma marca única, seus valores, sua cultura, sua identidade.

A vinculação das energias pulsionais (catexias) ao universo de representações comunitárias delimita suas possíveis e passíveis formas de expressão, exigência normativa própria de cada comunidade, a lei.

Mas, a bem da verdade, não só delimita, pois também abre a oferta de possibilidades sublimatórias de satisfação. Ficando, assim, a maior ou menor estabilidade destas, várias e diversas comunidades, por conta das oportunidades de realizações sublimatórias que ofertam aos seus membros.

Nos dias de hoje

O século XX e a primeira década do XXI se caracterizam por grandes e velozes transformações, avanços tecnológicos mais expressivos do que em qualquer outra época. O mundo se globalizou, a comunicação se dá em tempo real. Valores subjetivos, arraigados a tradições comunitárias, diluem-se no confronto globalizado de “verdades culturais”, perdendo seu poder para o mercado de consumo.
O tempo do “ser” cede cada vez mais espaço para o domínio do “ter”. Borram-se, cada vez mais, os limites entre os valores de referência subjetivos e a medida de valor pela posse de bens materiais.

A construção dos ideais comunitários, base dos ideais do Ego e da identidade do sujeito, vem se assentando progressivamente em pressupostos externos. Inatingíveis para a maioria, apesar de participarem desta “louca corrida narcísica”, pela tentativa de aquisição de corpos e bens valorizados, só lhes sobra a frustração, o sentimento de baixa autoestima e a depressão.

A transposição para o cotidiano destes conflitos emocionais acentua o processo competitivo, a arrogância, a agressividade e a violência, características do acirramento de primitivos processos defensivos narcísicos, em detrimento de realizações narcísicas sublimadas.
O desgaste e a inadequação dos modelos sociais tradicionais jogam-nos em um limbo de questionamentos... Como lidar com o “ter para ser” e não mais “ser para ter”? Quais os limites e as possibilidades desta transformação? Como nos conduzir? O que falar para nossos filhos?

São questões como estas que, abordadas aqui em uma breve pincelada, se impõem de forma contundente a um pensar mais profundo.

Paulo Quinet é membro da Sociedade Psicanalítica do Rio de Janeiro (SPRJ) e diretor da Federação Brasileira de Psicanálise (Febrapsi)

 

domingo, 18 de setembro de 2011

USO DE VIDEOGAMES AJUDAM NA RECUPERAÇÃO DE PESSOAS QUE SOFRERAM AVC




As estatísticas mundiais estimam que uma pessoa em cada seis sofra pelo menos um acidente vascular cerebral (AVC) ao longo da vida. Calcula-se que cerca de 70% dos afetados pelo problema, responsável pela morte de células nervosas da região cerebral atingida, tenham alguma sequela. Uma pesquisa publicada no site de saúde The Cochrane Library, porém, mostra que interfaces de realidade virtual, como videogames, podem ajudar pacientes a recuperar as funções motoras dos braços e melhorar a habilidade de fazer tarefas do dia a dia, como tomar banho e se vestir.
No estudo, foram analisadas 19 pesquisas dos Estados Unidos e da Austrália, nas quais comparou-se o uso de realidade virtual com o tratamento fisioterápico comum. “Obter conclusões desses dados foi difícil, entretanto, porque as amostras geralmente eram pequenas e havia uma grande variedade de interfaces usadas”, explicou Kate Laver, autora do estudo e terapeuta ocupacional do Departamento de Reabilitação e Cuidado de Idosos na Universidade de Flinders (Austrália), ao The Cochrane Library.

Interfaces de realidade virtual permitem que as pessoas se desliguem do mundo real momentaneamente e fiquem imersas em um ambiente gerado por computador. Desse modo, podem tentar mover os membros afetados pela doença, estimulando as funções musculares motoras e brincando ao mesmo tempo. “Programas de realidade virtual e jogos interativos de videogame podem ser mais interessantes e agradáveis do que a terapia tradicional. Assim, os pacientes se sentem mais motivados a participar com mais intensidade e frequência das atividades de fisioterapia”, afirmou a pesquisadora australiana ao Correio.

Para Laver, foi surpreendente notar que os efeitos dos jogos foram significativos na melhora da função dos braços, em termos de alcançar e manipular objetos, bem como fazer movimentos amplos ou curtos (como ao fazer passos de dança). Essa evolução na saúde de cerca de 300 pessoas, das 565 que participaram das pesquisas analisadas, lhes permitiu realizar atividades do cotidiano, como cozinhar, abrir portas e pegar objetos mais facilmente. “Esses resultados foram impressionantes, porque os tratamentos não eram direcionados especificamente para aprimorar tais atividades”, comenta a pesquisadora.

Na análise, foi ressaltado que consoles como o Wii e o Xbox360 — com o uso do sensor Kinect — usam em seus games princípios comuns aos das atividades de reabilitação, como repetição de movimentos, mudança da intensidade dos exercícios e a necessidade de imaginar as ações, após visualizá-las na tela da televisão. A pesquisadora lamenta, entretanto, que poucos estudos analisados tenham tratado desses consoles e sim focado em interfaces criadas por universidades, “pois os videogames já existentes são amplamente usados na prática clínica”. Ela mesma conta ter testado jogos do Nintendo Wii.

Laver ressalta como positiva a possibilidade de os pacientes praticarem sozinhos exercícios que estimulem a função motora. “Eles executam tarefas que não podem ser ou não são normalmente praticadas em uma clínica, como o uso de um simulador de direção de carro”, descreve. Além disso, a terapeuta ocupacional acrescenta que, “ao ter a possibilidade de usar as interfaces de realidade virtual por conta própria, a pessoa em recuperação não precisa interromper o processo de fisioterapia caso o médico precise se afastar do tratamento temporariamente”.

Estímulos
O coordenador do Centro de Estudos de Doenças Cérebro-Vasculares do Hospital Anchieta, Ricardo de Campos, conta que os movimentos coordenados e bem elaborados, assim como a destreza manual e a harmonia dos atos motores para vestir uma roupa, são resultados de anos de treinamento e aprendizado cerebral. “O movimento coordenado somente é possível pela integridade de vias neuronais, fato esse verificado quando um AVC destrói áreas ligadas a essa ‘memória motora’”, detalha. Desse modo, após o popular derrame, o cérebro da pessoa pode se “esquecer” de um membro ou de alguma parte importante do corpo para executar movimentos.

Campos compara os estímulos ao cérebro de um adulto com AVC aos do de uma criança. “Uma criança criada com acesso ao ambiente virtual, a jogos eletrônicos e a realidades cibernéticas apresenta um córtex motor e visual muito mais desenvolvido do que uma criança na mesma faixa etária criada em isolamento dentro de um apartamento assistindo a desenhos animados”, descreve. “Se esse conhecimento vale para o desenvolvimento de um cérebro infantil, também poderia ser adotado para finalidades de reabilitação, em que o cérebro deverá passar por um novo e insistente processo de reaprendizado.”

O neurologista Gabriel Rodriguez de Freitas, vice-coordenador do Departamento de Doenças Cerebrovasculares da Academia de Neurologia, afirma que nos últimos anos vêm sendo desenvolvidos cada vez mais estudos científicos sobre o melhor tipo de fisioterapia para auxiliar a recuperação dos pacientes. “Muitas dessas pesquisas focam no uso da tecnologia e da robótica para tentar uniformizar ou retomar os movimentos de quem tem sequelas motoras. No caso da realidade virtual, esses aparelhos têm conseguido ajudar na imaginação do movimento, que é muito importante para a pessoa melhorar”, assegura.

Freitas acredita que essas interfaces são menos monótonas do que o tratamento comum, o que torna a fisioterapia mais estimulante, principalmente para jovens. “Isso também pode uniformizar a reabilitação, pois quando as pessoas vão a fisioterapeutas diferentes, provavelmente os exercícios que farão também serão distintos”, explica.

Diversão
A gerente Elizângela Vieira Alves, 33 anos, ficou bastante empolgada com os resultados do estudo. Ela faz fisioterapia há duas semanas para recuperar a força e equilíbrio do corpo, afetados após ter sofrido um AVC isquêmico no começo de agosto. “No lado direito do corpo, perdi um pouco da sensibilidade mais avançada. Se passar a mão no braço direito, eu sinto, mas se beliscar, não”, exemplifica. Em pouco tempo de fisioterapia, ela já recuperou parte do equilíbrio, a ponto de não usar mais a bengala para se movimentar. Para melhorar mais rapidamente, ela repete os movimentos que aprende na clínica em casa.

“Mas com certeza seria muito interessante usar jogos de videogame para ajudar na recuperação. Além de ser uma atividade mais divertida e que eu poderia fazer em casa, tem o ponto positivo de mexer tanto com a parte motora quanto com a parte psicológica”, destaca. Elizângela mostrou vontade de iniciar atividades desse tipo. “Se tiver oportunidades de fazer sessões de terapia com videogame, certamente eu me voluntariaria a participar”, garante.

A aposentada Ieda Lins, 70 anos, também se interessou pela descoberta. “Eu gostaria de tentar uma atividade dessas. Ia ser divertido”, estima. Ieda sofreu um AVC isquêmico há um mês e atualmente está em processo de recuperação. Ela perdeu a força no braço e na perna esquerdos e faz fisioterapia para se recuperar. “Ainda tenho dificuldade para segurar objetos, mas já melhorei um pouco. Não me arrisco a ficar em pé sozinha, por enquanto. Para andar, preciso que alguém me segure”, conta. As duas pacientes acreditam que qualquer descoberta que venha ajudar o tratamento é válida.

Próximo passo
Kate Laver afirma que a realidade virtual pode ser uma ferramenta terapêutica promissora para pacientes que tiveram acidentes vasculares cerebrais. “Mas esse estudo requer mais pesquisas na área, principalmente para determinar quais características da realidade virtual são as mais importantes”, admite. Ela ressalta que pretende atualizar a análise nos próximos dois anos, a fim de buscar conclusões sobre os efeitos dos jogos interativos na velocidade de caminhada e na força das mãos.

Fonte: Correio Braziliense

sábado, 17 de setembro de 2011

EM DEBATE COM NEUROCIENTISTAS, DALAI LAMA REJEITA SEPARAÇÃO ENTRE RAZÃO E EMOÇÃO



Dalai Lama está em sua quarta passagem pelo Brasil e participou nesta sexta-feira (16) de um debate com médicos e pesquisadores do cérebro sobre mente e consciência. O líder religioso disse que para o budismo não há a diferença feita pelos ocidentais entre razão e emoção. "A cultura ocidental separa mente, consciência etc., mas a neuroimagem ainda está  limitada a uma esfera. Há a consciência sensorial, presente no sono", afirmou.

O 14º Dalai Lama, Tenzin Gyatso, questionou a ciência pela busca por delimitar a consciência (usando imagens do cérebro). Para ele, há consciência a partir do momento em que há vida. Além disso, ele pregou a expansão da conhecimento como maneira para atingir a felicidade, por meio do treino da mente para transformar as más emoções em boas.

Cientistas nacionais e internacionais apresentaram estudos que mostram estados mínimos de consciência em pacientes que eram classificados como em estado vegetativo. Cerca de 20% deles possuíam respostas cerebrais a estímulos, apesar de não conseguirem se movimentar. Na outra parte da palestra, foram apresentados estudos que mostram mudanças no cérebro provocadas pela meditação e seu uso para tratamento psicológico.

Mais do que falar sobre ciência, e apresentar seus conhecimentos, Dalai Lama questionou os cientistas em buscas de mais conhecimento sobre a mente. Ele defende o profundo conhecimento do cérebro e desenvolvimento da ciência, para que  os resultados então, possam ser usados pela religião.

O QUE MAIS AFLIGE O ADOLESCENTE DE HOJE?


A Secretaria de Estado da Saúde está promovendo um ciclo de palestras sobre a adolescência. Esta é uma fase da vida em que o indivíduo está em formação e várias coisas geram conflitos internos, que na hora não parece ter solução. Para avaliar o que mais aflige os adolescentes e dar algumas dicas de como lidar com essas situações, Patrícia Rizzo recebe nos estúdios da Jovem Pan Online o enfermeiro Luciano Bertolaccini e a psicóloga Ana Paula Barcelos Correia.


NOTA EXPLICA POSIÇÃO DO CFP SOBRE ESCUTA PSICOLÓGICA DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA



Tal resolução regulamenta a escuta psicológica de crianças e adolescentes envolvidos em situação de violência, na rede de proteção. Ela veda a prática da inquirição ao psicólogo por não ser esta uma prática reconhecida pela ciência e profissão no atendimento de Crianças e Adolescentes em situação de violência.

A nota também esclarece o posicionamento do CFP contrário ao “Depoimento sem Dano” ou “Depoimento Especial”, a partir de diversos argumentos pautados na legislação profissional e na defesa dos direitos humanos de crianças e adolescentes, conforme preconiza a Doutrina da Proteção Integral.

Fonte: CFP